domingo, 12 de abril de 2020

A REDOMA DO SER

Fala-se tanto em isolamento
E alguns, há tantos, isolados
Há tempos confinados
Em suas tristezas
Em suas dúvidas,
Desconfianças...
Na solidão das companhias frívolas
Há tantos, perdidos
Incertos
Numa linha reta e finita
Num alicerce de areia
Numa curva fechada
Esperança de que, em certo dia,
Talvez, quem sabe
Saia dali pra não sei onde
Encontrar não sabe quem
Ou a desesperança.
Em saber que nada há,
Nem haverá.
Ou certeza, quem dera,
De surpresa, de bonança
Contrariando a aparência
Da presença insistente
Dos fantasmas, dos traumas
Da ira exacerbada 
Por tantos planos frustrados
E apenas o desejo
De permanecer ilhado.


Isobel Ozira
                                               

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